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Painel Meio Ambiente e Painel Social no SENATEC 2024

  • 26 de setembro de 2024

Conteúdos importantes pautam segundo dia do evento: palestras com foco em meio ambiente e sustentabilidade, e de combate ao assédio e à discriminação no ambiente de trabalho

Dois painéis pautaram o segundo dia do Seminário Nacional dos Técnicos Industriais (SENATEC 2024), realizado no Centro de Convenções de Vitória (ES). Na parte da manhã, palestras com foco em meio ambiente e sustentabilidade, começando com “Hidrogênio Verde e os Caminhos para uma Indústria mais Sustentável”, ministrada por Juan Aguiar Gonçalves, especialista em energia solar fotovoltaica, professor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e atual coordenador do Núcleo de Formação e Pesquisa em Energias Renováveis do Piauí (NUFPERPI). Professor de curso superior de tecnologia em energias renováveis e atual vice-presidente do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Rio Grande do Sul (CRT-RS), Elemar Shneider contribuiu com muitas considerações relevantes alusivas ao assunto.

Eles explanaram sobre a acelerada emissão de dióxido de carbono decorrente, especialmente, do aumento no consumo da energia global, citando exemplos de países europeus que têm investido em matriz energética fóssil. “Em 2020, a União Europeia selecionou o hidrogênio verde como matriz energética para alcançar a neutralização da emissão de gás carbônico até 2050”, apresenta Juan Aguiar Gonçalves.

Nesse cenário de energia limpa e reponsabilidade socioambiental, o Brasil pode se tornar protagonista e modelo para o mundo. “Há muita energia limpa e renovável aqui para ser explorada, de norte a sul. E como isso chama muito a atenção do mundo, há necessidade de uma mobilização para não haver importação de mão de obra”, adverte, considerando que o setor tende a gerar muitos postos de trabalho, inclusive para profissionais técnicos.

Também foi citado, durante a explanação dos palestrantes, o Marco Legal do Hidrogênio Verde – Lei nº 14.948/2024 –, que “regulamenta a produção, comercialização e uso do hidrogênio verde e faz parte de um conjunto de ações que busca descarbonizar a matriz energética brasileira”.

RA e RV como inovação em treinamento

Técnico em Eletrônica e graduado em engenharia elétrica, Samuel Nascimento também fez parte do seleto time de palestrantes do seminário, com o tema “Uso da Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) para Treinamento e Suporte na Indústria”. Mas o que são, no que consistem e quais as aplicabilidades da RA e RV no dia a dia como inovação em treinamento?

Em termos gerais, RA consiste no uso de tecnologia integrativa de um conteúdo virtual dentro de um cenário real; entre os exemplos, estão os jogos – o mais conhecido é o Pokémon Go –, que interagem personagens reais com virtuais. Por sua vez, a RV é um ambiente gerado por meio de um computador, com cenas e objetos aparentemente reais que fazem com os usuários se sintam imersos numa aparente realidade. Exemplos: jogos online; aplicações educativas, como visitas a museus ou exposições, por meio de ambientes virtuais que simulam experiências “quase” presenciais; uso na medicina, para treinamento cirúrgico, fisioterapêutico e outras situações; enfim. Então, por que também não fazer uso no meio técnico?

Samuel Nascimento cita algumas vantagens para as empresas que, porventura, adotem a realidade virtual no dia a dia de suas atividades. “Podemos falar sobre a redução de custos com treinamento, o aumento da segurança em ambientes de risco e a personalização das experiências de aprendizagem”, enumera, destacando que tais fatores tornam a capacitação mais eficaz e acessível.

Dimensão social no contexto ESG

O conteúdo do período da tarde foi dedicado a questões envolvendo as mulheres, com abordagem de temas cruciais relacionados ao impacto social das práticas empresariais, com foco em responsabilidade, inclusão, diversidade e o papel da indústria na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Um dos pontos centrais é a necessidade de valorização da mão de obra feminina, reconhecendo a importância de promover a equidade de gênero nos níveis hierárquicos, bem como combate ao assédio moral, sexual e outras formas de discriminação no ambiente de trabalho, de modo a garantir que as empresas tornem-se espaços abertos, seguros e respeitosos.

Nessa perspectiva, representando o GT Mulheres, instituído em âmbito nacional, a conselheira federal Deise Lopes de Carvalho e as conselheiras regionais, Emiliane Veloso de Almeida Borges (CRT-MG), Tainã Cristina de Oliveira Teixeira (CRT-02) e Adriana dos Reis Souza Neto (CRT-ES), reencontraram-se para considerações sobre o tema “Mulheres no Mercado de Trabalho”. Elas ressaltaram a relevância da empregabilidade da mulher técnica, destacando questões como o empoderamento feminino, que garante o acesso a oportunidades econômicas e aumenta a autonomia das mulheres em todos os aspectos.

As conselheiras também expuseram algumas sugestões voltadas à redução da igualdade de gênero, como investimentos em educação, combate constante ao preconceito e à discriminação; e o incentivo à participação feminina em cargo de liderança.

Na sequência, Marcella Pagani, doutora e mestre em direito do trabalho pela PUC-Minas, ministrou palestra de extrema importância e que deve ocupar espaço para discussão nos ambientes corporativos: “Assédio Moral e Sexual no Ambiente de Trabalho: Caracterização, Limites e Consequências”.

Ao dividir a apresentação em três tópicos – a definição e caracterização de dano moral, os conceitos sobre assédio moral e sexual, e a responsabilização dos envolvidos em tais condutas nocivas no ambiente de trabalho –, a palestrante sustenta que a Constituição Federal assegura ao trabalho uma estrutura de proteção pautada na dignidade humana, em seu valor social e na consolidação de direitos trabalhistas fundamentais. “Por isso, o ambiente de trabalho não deve ser um local de adoecimento, pois deixará de realizar o papel imprescindível da dimensão humana e de uma existência digna, que pressupõem a garantia da integralidade física e moral do indivíduo”, afirma, elencando aspectos mais angustiantes e relevantes de violência psicológica e física que atingem profissionais no serviço público e na iniciativa privada.

Segundo a advogada, o assédio moral se manifesta de formas variadas, desde comentários depreciativos até a exclusão deliberada no ambiente profissional, afetando a produtividade, mas especialmente a saúde mental das vítimas. Já, o assédio sexual é uma forma ainda mais desleal de abuso de poder, podendo ser identificado por meio de gestos inadequados, insinuações constrangedoras e até mesmo chantagem sexual, minando os direitos profissionais e a dignidade das mulheres. “É preciso haver reflexão, debates e a troca de ideias sobre medidas para evitar essas práticas e, quando acontecerem, pensar em formas de amenizar o sofrimento”, cobra a palestrante, homenageada com um troféu de honra ao mérito por sua participação no evento.

Lançamento de cartilha elaborada pelos CRTs

Durante o Painel Social, aconteceu o lançamento do manual Com Respeito: Cartilha de Combate à Discriminação e ao Assédio no Ambiente de Trabalho, elaborado conjuntamente por oito conselhos regionais que integram o Sistema CFT/CRTs – os realizadores do SENATEC 2024 –, com o objetivo de promover uma reflexão e conscientização sobre o tema nos ambientes de trabalho; inclusive, cedendo espaço a vítimas ou testemunhas de situações de assédio ou discriminação de qualquer natureza. “Vamos promover um ambiente saudável e mostrar à sociedade que somos pessoas inteligentes, humanas, sensíveis, e que nos preocupamos com nossos semelhantes”, opina a psicóloga, Regina Glaucia Macedo, autora de um artigo publicado na referida cartilha, intitulado “Ambiente Saudável é Onde Todos se Respeitam”.

Mulheres na construção civil

É fato que cada vez mais as mulheres têm conquistado espaço no setor técnico; e a construção civil, há pouco tempo ocupada quase que exclusivamente por homens, é um exemplo dessa transformação, justamente pelo rompimento de barreiras e preconceitos a que muitas mulheres ainda estão sujeitas ao escolher determinada profissão.

Técnica em Construção Civil formada pelo IFES e graduada em engenharia civil, Camila Mesquita Chisté Oliveira abordou esse tema na palestra “Mulheres na Construção Civil: Educação Profissional como Ferramenta de Liderança e Excelência”, destacando primeiramente um histórico da participação feminina no setor e os fatores que impulsionam esse avanço, como o aumento da educação profissional e as mudanças culturais e legislativas que favorecem a equidade. “Atualmente, muitas mulheres atuam em obras, desde a gestão até a elaboração e execução de projetos”, afirma.

Os números apurados junto ao SENAI-ES, onde ela desempenha importante papel como especialista em construção civil, revelam que, entre 2007 e 2018, 1.083 das 2.167 profissionais formadas eram mulheres; ou seja, quase 50% do total.

Ela também menciona a NR-17, que permite, por exemplo, que as mulheres carreguem pesos inferiores aos dos homens; e cita que a educação profissional impacta positivamente na renda das mulheres, com melhores remunerações e menores diferenças salariais, comparadas a dos homens, em função do grau de instrução. “Isso mostra como a educação profissional e também o ensino técnico podem ser um diferencial na vida das mulheres, como foi na minha, que abriu portas para que eu entrasse no mercado de trabalho e construísse minha trajetória”, ressalta.

Para concluir, ela enfatiza que a educação também capacita as mulheres para ocuparem posições de liderança, seja no setor público ou privado.

Projetos sociais dos CRTs

Na última atividade do dia, alguns CRTs apresentaram projetos de impacto social implantados ou em fase experimental em seus respectivos estados, mas que certamente envolverão todo o Sistema CFT/CRTs.

Pelo CRT-BA, o diretor de fiscalização e normas, Saturnino do Nascimento, expôs o projeto SOS Chuvas, com visitas a diversos municípios afetados pelas fortes chuvas, no intuito de firmar parcerias com os órgãos municipais para auxiliar àqueles em estado de vulnerabilidades.

Do CRT-RS, o também diretor de fiscalização e normas, Luiz Augusto Santiago, falou sobre o Projeto Reparar RS, resultado da campanha de solidariedade promovida por entidades representativas dos técnicos com parceria da Escola Técnica Frederico Guilherme Schmidt, de São Leopoldo, com o objetivo de recuperar itens essenciais destruídos durante as chuvas que praticamente assolaram o estado no primeiro semestre; muitos voluntários, sobretudo do meio técnico, cooperaram com essa ação de solidariedade

Gerente de novos projetos e inovação do CRT-SP, Fabiana Herculano Moraes falou rapidamente da plataforma online gratuita Técnico que Faz, que conecta profissionais técnicos com empresas e a sociedade para execução de projetos técnicos; explanou sobre o Projeto Divulga Técnico, que objetiva incentivar alunos da rede pública a ingressarem em cursos técnicos – lançado com sucesso em Campos do Jordão no final de 2023, e que será levado a todas as regiões do estado –, com depoimentos de professores, alunos e profissionais já atuantes no mercado de trabalho; e das oportunidades geradas aos profissionais, inclusive internacionais, a partir de parcerias estratégicas com empresas e entidades.

Renata Lopes de Carvalho, chefe de gabinete do CRT-MG, apresentou um vídeo de pré-lançamento do Técnico Plus, espécie de clube de vantagens que está sendo desenvolvido juntamente com o CRT-SP, pelo qual os técnicos receberão cashback – oao realizarem compras online, que poderão ser usados para pagar suas anuidades no Sistema CFT/CRTs. Iniciativa parecida vem do CRT-ES, exposta pela superintendente Elisangela Moreira Portes; e a funcionalidade de ambos os projetos serão apresentadas oportunamente.

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Eles explanaram sobre a acelerada emissão de dióxido de carbono decorrente, especialmente, do aumento no consumo da energia global, citando exemplos de países europeus que têm investido em matriz energética fóssil. “Em 2020, a União Europeia selecionou o hidrogênio verde como matriz energética para alcançar a neutralização da emissão de gás carbônico até 2050”, apresenta Juan Aguiar Gonçalves.

Nesse cenário de energia limpa e reponsabilidade socioambiental, o Brasil pode se tornar protagonista e modelo para o mundo. “Há muita energia limpa e renovável aqui para ser explorada, de norte a sul. E como isso chama muito a atenção do mundo, há necessidade de uma mobilização para não haver importação de mão de obra”, adverte, considerando que o setor tende a gerar muitos postos de trabalho, inclusive para profissionais técnicos.

Também foi citado, durante a explanação dos palestrantes, o Marco Legal do Hidrogênio Verde – Lei nº 14.948/2024 –, que “regulamenta a produção, comercialização e uso do hidrogênio verde e faz parte de um conjunto de ações que busca descarbonizar a matriz energética brasileira”.

RA e RV como inovação em treinamento

Técnico em Eletrônica e graduado em engenharia elétrica, Samuel Nascimento também fez parte do seleto time de palestrantes do seminário, com o tema “Uso da Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) para Treinamento e Suporte na Indústria”. Mas o que são, no que consistem e quais as aplicabilidades da RA e RV no dia a dia como inovação em treinamento?

Em termos gerais, RA consiste no uso de tecnologia integrativa de um conteúdo virtual dentro de um cenário real; entre os exemplos, estão os jogos – o mais conhecido é o Pokémon Go –, que interagem personagens reais com virtuais. Por sua vez, a RV é um ambiente gerado por meio de um computador, com cenas e objetos aparentemente reais que fazem com os usuários se sintam imersos numa aparente realidade. Exemplos: jogos online; aplicações educativas, como visitas a museus ou exposições, por meio de ambientes virtuais que simulam experiências “quase” presenciais; uso na medicina, para treinamento cirúrgico, fisioterapêutico e outras situações; enfim. Então, por que também não fazer uso no meio técnico?

Samuel Nascimento cita algumas vantagens para as empresas que, porventura, adotem a realidade virtual no dia a dia de suas atividades. “Podemos falar sobre a redução de custos com treinamento, o aumento da segurança em ambientes de risco e a personalização das experiências de aprendizagem”, enumera, destacando que tais fatores tornam a capacitação mais eficaz e acessível.

Dimensão social no contexto ESG

O conteúdo do período da tarde foi dedicado a questões envolvendo as mulheres, com abordagem de temas cruciais relacionados ao impacto social das práticas empresariais, com foco em responsabilidade, inclusão, diversidade e o papel da indústria na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Um dos pontos centrais é a necessidade de valorização da mão de obra feminina, reconhecendo a importância de promover a equidade de gênero nos níveis hierárquicos, bem como combate ao assédio moral, sexual e outras formas de discriminação no ambiente de trabalho, de modo a garantir que as empresas tornem-se espaços abertos, seguros e respeitosos.

Nessa perspectiva, representando o GT Mulheres, instituído em âmbito nacional, a conselheira federal Deise Lopes de Carvalho e as conselheiras regionais, Emiliane Veloso de Almeida Borges (CRT-MG), Tainã Cristina de Oliveira Teixeira (CRT-02) e Adriana dos Reis Souza Neto (CRT-ES), reencontraram-se para considerações sobre o tema “Mulheres no Mercado de Trabalho”. Elas ressaltaram a relevância da empregabilidade da mulher técnica, destacando questões como o empoderamento feminino, que garante o acesso a oportunidades econômicas e aumenta a autonomia das mulheres em todos os aspectos.

As conselheiras também expuseram algumas sugestões voltadas à redução da igualdade de gênero, como investimentos em educação, combate constante ao preconceito e à discriminação; e o incentivo à participação feminina em cargo de liderança.

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Ao dividir a apresentação em três tópicos – a definição e caracterização de dano moral, os conceitos sobre assédio moral e sexual, e a responsabilização dos envolvidos em tais condutas nocivas no ambiente de trabalho –, a palestrante sustenta que a Constituição Federal assegura ao trabalho uma estrutura de proteção pautada na dignidade humana, em seu valor social e na consolidação de direitos trabalhistas fundamentais. “Por isso, o ambiente de trabalho não deve ser um local de adoecimento, pois deixará de realizar o papel imprescindível da dimensão humana e de uma existência digna, que pressupõem a garantia da integralidade física e moral do indivíduo”, afirma, elencando aspectos mais angustiantes e relevantes de violência psicológica e física que atingem profissionais no serviço público e na iniciativa privada.

Segundo a advogada, o assédio moral se manifesta de formas variadas, desde comentários depreciativos até a exclusão deliberada no ambiente profissional, afetando a produtividade, mas especialmente a saúde mental das vítimas. Já, o assédio sexual é uma forma ainda mais desleal de abuso de poder, podendo ser identificado por meio de gestos inadequados, insinuações constrangedoras e até mesmo chantagem sexual, minando os direitos profissionais e a dignidade das mulheres. “É preciso haver reflexão, debates e a troca de ideias sobre medidas para evitar essas práticas e, quando acontecerem, pensar em formas de amenizar o sofrimento”, cobra a palestrante, homenageada com um troféu de honra ao mérito por sua participação no evento.

Lançamento de cartilha elaborada pelos CRTs

Durante o Painel Social, aconteceu o lançamento do manual Com Respeito: Cartilha de Combate à Discriminação e ao Assédio no Ambiente de Trabalho, elaborado conjuntamente por oito conselhos regionais que integram o Sistema CFT/CRTs – os realizadores do SENATEC 2024 –, com o objetivo de promover uma reflexão e conscientização sobre o tema nos ambientes de trabalho; inclusive, cedendo espaço a vítimas ou testemunhas de situações de assédio ou discriminação de qualquer natureza. “Vamos promover um ambiente saudável e mostrar à sociedade que somos pessoas inteligentes, humanas, sensíveis, e que nos preocupamos com nossos semelhantes”, opina a psicóloga, Regina Glaucia Macedo, autora de um artigo publicado na referida cartilha, intitulado “Ambiente Saudável é Onde Todos se Respeitam”.

Mulheres na construção civil

É fato que cada vez mais as mulheres têm conquistado espaço no setor técnico; e a construção civil, há pouco tempo ocupada quase que exclusivamente por homens, é um exemplo dessa transformação, justamente pelo rompimento de barreiras e preconceitos a que muitas mulheres ainda estão sujeitas ao escolher determinada profissão.

Técnica em Construção Civil formada pelo IFES e graduada em engenharia civil, Camila Mesquita Chisté Oliveira abordou esse tema na palestra “Mulheres na Construção Civil: Educação Profissional como Ferramenta de Liderança e Excelência”, destacando primeiramente um histórico da participação feminina no setor e os fatores que impulsionam esse avanço, como o aumento da educação profissional e as mudanças culturais e legislativas que favorecem a equidade. “Atualmente, muitas mulheres atuam em obras, desde a gestão até a elaboração e execução de projetos”, afirma.

Os números apurados junto ao SENAI-ES, onde ela desempenha importante papel como especialista em construção civil, revelam que, entre 2007 e 2018, 1.083 das 2.167 profissionais formadas eram mulheres; ou seja, quase 50% do total.

Ela também menciona a NR-17, que permite, por exemplo, que as mulheres carreguem pesos inferiores aos dos homens; e cita que a educação profissional impacta positivamente na renda das mulheres, com melhores remunerações e menores diferenças salariais, comparadas a dos homens, em função do grau de instrução. “Isso mostra como a educação profissional e também o ensino técnico podem ser um diferencial na vida das mulheres, como foi na minha, que abriu portas para que eu entrasse no mercado de trabalho e construísse minha trajetória”, ressalta.

Para concluir, ela enfatiza que a educação também capacita as mulheres para ocuparem posições de liderança, seja no setor público ou privado.

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