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CRT-RN prestigia apresentação do TCC de aluno do Curso Técnico em Mecânica do IFRN

  • 16 de janeiro de 2024

Emanuel Pedrosa é o primeiro discente PcD a se formar no curso Técnico em Mecânica da Instituição

Manoel Jusselino Silva (Diretor de Fiscalização e Normas); Emanuel Pedrosa e João Esdras Souza (Assessor Técnico) – Foto: ASCOM CRT-RN

Na tarde da última quinta-feira, dia 11 de janeiro, o Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Rio Grande do Norte (CRT-RN) prestigiou a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), elaborado por Emanuel Pedrosa. A mesma aconteceu na Diretoria Acadêmica de Indústria (DIACIN), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, localizada no Campus Natal Central (IFRN – CNAT).

O CRT-RN foi representado por Manoel Jusselino Silva (Diretor de Fiscalização e Normas); João Esdras Souza (Assessor Técnico); Marina Filgueira e Rozana Ferreira (Comunicação).

Estiveram presentes também na apresentação: Patrícia Falcão (equipe pedagógica); Josioneide Nunes de Lima (representante do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas – NAPNE); demais integrantes do NAPNE e familiares do discente.

O trabalho do estudante, sob a orientação dos professores Maria Rosimar de Sousa e Jarbas Medeiros, destaca a necessidade de adaptar os laboratórios da Instituição para a inclusão dos alunos com deficiência. Com o título “Avaliação e modificação do layout do laboratório de motores a combustão, utilizando gabaritos dimensionais de acessibilidade”, a ideia de abordar o tema veio a partir da experiência pessoal. “Eu tive bastante dificuldades em assistir as aulas, não em relação ao assunto em si, mas em relação a desmontagem dos motores que têm no laboratório, alguns equipamentos e algumas peças e ferramentas que eu tive que segurar de um jeito bastante desconfortável. No laboratório, no layout em si, eu tive essas dificuldades”, relata.

Ele conta que, no decorrer do estudo e visualizando as próprias limitações, ficou evidente que nenhuma pessoa pode ser chamada de incapaz se houver as devidas adaptações, sejam elas nos locais, nos equipamentos ou mesmo nos profissionais.

A pesquisa foi realizada no laboratório de motores a combustão na DIACIN (do IFRN – CNAT), visando a melhoria na disposição dos espaços nele utilizados, tendo em vista a quantidade de materiais dispersos, que poderiam ocasionar algum tipo de acidente. “Eu adaptei o layout para uma turma que tivesse sete ou oito pessoas, com cadeirante”, explica.

Para isso, o aluno tomou como base a Norma Brasileira (NBR) 9050/2020 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade, mostrando a necessidade de espaço para que o cadeirante consiga se locomover dentro do local, seu objeto do estudo.
Essa apresentação possui valor não apenas pela relevância do tema, mas por ter sido elaborado por discente PcD, que é o primeiro a se formar no Curso Técnico em Mecânica na modalidade subsequente da Instituição. Isso demonstra o papel da escola na promoção da inclusão social, inclusive, quando se trata da área dos técnicos industriais.

NAPNE

O Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte foi criado por meio da Portaria Nº 1533/2012 – Reitoria/IFRN, sendo um grupo de trabalho e estudo permanente, vinculado à Pró-Reitoria de Ensino e às Diretorias Acadêmicas de Ensino, no âmbito dos campi, com intuito de articular os diversos setores da Instituição nas atividades relativas à inclusão social, definindo prioridades de ações, aquisição de equipamentos, software e material didático-pedagógico a serem utilizados nas práticas educativas.

NÚMERO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO RIO GRANDE DO NORTE

Segundo com os dados divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio Grande do Norte, 9,9% da população com 2 anos ou mais de idade tem alguma deficiência, percentual acima da médica nacional, que é de 8,9%. Essas informações integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2022.

USO DO TERMO E SIGLA PcD

PcD é uma sigla que significa “pessoa com deficiência” e foi estabelecida pela Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência das Nações Unidas (ONU), em 2006. O uso do termo “pessoa com deficiência” foi adotado como oficial pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas ainda é comum encontrar muitos termos utilizados incorretamente, como “deficiente”, “pessoa com necessidades especiais” e “portador de deficiência”.

A adoção do vocábulo “pessoa com deficiência” ressalta e reconhece o sujeito antes de sua condição, destacando a autonomia, dignidade e valorizando habilidades e potencialidades individuais.

Emanuel Pedrosa e família – Foto: ASCOM CRT-RN

Momento da apresentação – Foto: Davi Severiano (Comunicação IFRN)

Emanuel Pedrosa – Foto: Davi Severiano (Comunicação IFRN)

Emanuel Pedrosa e integrantes do NAPNE – Foto: Davi Severiano (Comunicação IFRN)

Maria Rosimar de Sousa (Orientadora), Emanuel Pedrosa e Jarbas Medeiros (coorientador) – Foto: Davi Severiano (Comunicação IFRN)

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Emanuel Pedrosa é o primeiro discente PcD a se formar no curso Técnico em Mecânica da Instituição

Manoel Jusselino Silva (Diretor de Fiscalização e Normas); Emanuel Pedrosa e João Esdras Souza (Assessor Técnico) – Foto: ASCOM CRT-RN

Na tarde da última quinta-feira, dia 11 de janeiro, o Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Rio Grande do Norte (CRT-RN) prestigiou a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), elaborado por Emanuel Pedrosa. A mesma aconteceu na Diretoria Acadêmica de Indústria (DIACIN), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, localizada no Campus Natal Central (IFRN – CNAT).

O CRT-RN foi representado por Manoel Jusselino Silva (Diretor de Fiscalização e Normas); João Esdras Souza (Assessor Técnico); Marina Filgueira e Rozana Ferreira (Comunicação).

Estiveram presentes também na apresentação: Patrícia Falcão (equipe pedagógica); Josioneide Nunes de Lima (representante do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas – NAPNE); demais integrantes do NAPNE e familiares do discente.

O trabalho do estudante, sob a orientação dos professores Maria Rosimar de Sousa e Jarbas Medeiros, destaca a necessidade de adaptar os laboratórios da Instituição para a inclusão dos alunos com deficiência. Com o título “Avaliação e modificação do layout do laboratório de motores a combustão, utilizando gabaritos dimensionais de acessibilidade”, a ideia de abordar o tema veio a partir da experiência pessoal. “Eu tive bastante dificuldades em assistir as aulas, não em relação ao assunto em si, mas em relação a desmontagem dos motores que têm no laboratório, alguns equipamentos e algumas peças e ferramentas que eu tive que segurar de um jeito bastante desconfortável. No laboratório, no layout em si, eu tive essas dificuldades”, relata.

Ele conta que, no decorrer do estudo e visualizando as próprias limitações, ficou evidente que nenhuma pessoa pode ser chamada de incapaz se houver as devidas adaptações, sejam elas nos locais, nos equipamentos ou mesmo nos profissionais.

A pesquisa foi realizada no laboratório de motores a combustão na DIACIN (do IFRN – CNAT), visando a melhoria na disposição dos espaços nele utilizados, tendo em vista a quantidade de materiais dispersos, que poderiam ocasionar algum tipo de acidente. “Eu adaptei o layout para uma turma que tivesse sete ou oito pessoas, com cadeirante”, explica.

Para isso, o aluno tomou como base a Norma Brasileira (NBR) 9050/2020 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade, mostrando a necessidade de espaço para que o cadeirante consiga se locomover dentro do local, seu objeto do estudo.
Essa apresentação possui valor não apenas pela relevância do tema, mas por ter sido elaborado por discente PcD, que é o primeiro a se formar no Curso Técnico em Mecânica na modalidade subsequente da Instituição. Isso demonstra o papel da escola na promoção da inclusão social, inclusive, quando se trata da área dos técnicos industriais.

NAPNE

O Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte foi criado por meio da Portaria Nº 1533/2012 – Reitoria/IFRN, sendo um grupo de trabalho e estudo permanente, vinculado à Pró-Reitoria de Ensino e às Diretorias Acadêmicas de Ensino, no âmbito dos campi, com intuito de articular os diversos setores da Instituição nas atividades relativas à inclusão social, definindo prioridades de ações, aquisição de equipamentos, software e material didático-pedagógico a serem utilizados nas práticas educativas.

NÚMERO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO RIO GRANDE DO NORTE

Segundo com os dados divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio Grande do Norte, 9,9% da população com 2 anos ou mais de idade tem alguma deficiência, percentual acima da médica nacional, que é de 8,9%. Essas informações integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2022.

USO DO TERMO E SIGLA PcD

PcD é uma sigla que significa “pessoa com deficiência” e foi estabelecida pela Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência das Nações Unidas (ONU), em 2006. O uso do termo “pessoa com deficiência” foi adotado como oficial pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas ainda é comum encontrar muitos termos utilizados incorretamente, como “deficiente”, “pessoa com necessidades especiais” e “portador de deficiência”.

A adoção do vocábulo “pessoa com deficiência” ressalta e reconhece o sujeito antes de sua condição, destacando a autonomia, dignidade e valorizando habilidades e potencialidades individuais.

Emanuel Pedrosa e família – Foto: ASCOM CRT-RN

Momento da apresentação – Foto: Davi Severiano (Comunicação IFRN)

Emanuel Pedrosa – Foto: Davi Severiano (Comunicação IFRN)

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